quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Blogagem Coletiva - Dia de Amar Seu Corpo 2011 - Resultados

Ainda temos mais duas horas de dia 19 e amanhã demanhã deve sair a versão final... mas já podem apreciar um pouco do que foi falado por ai...

ps-viu algum post que não apareceu aqui? Avise!


A Cecilia do Enquanto o Abismo Observa partilhando seu orgulho pelo seu corpo e seu eu feminino

A Dani no No Presente Momentanea Mente chamou para a blogagem e deu sua opinião

A Dhanna no A Fiandeira falando do que torna nosso corpo atraente e natural

O Edson postando sobre como somos massacrados e como a mídia distorce tudo - até a medicina, em seus blogs Inventário de Naufrágios e Um Dia a Noite , inclusive com um lindo poema da Renata Palottinni.

A Letícia no Universo Paralelo nos dando o prazer da conhecer a unicidade

A Luciana no Gherminando falando sobre aceitação dos limites do corpo


A Ísis no Frapuccino de Baunilha em um post rico de imagens, falando sobre a importância de todos os tipos de beleza


A Tere no Eu Sou Assim liricamente falando do amor por seu corpo

A Thais no O Melhor de Mim com dois posts: sugestões de leitura para hoje e um bonito juramento para si mesma

A Vera no Fora do Manual abriu nossa blogagem e fez perguntas muito pertinentes.



E eu acabei escrevendo minha contribuição também, levando a coisa pro pessoal.

Dia de amar seu corpo - blogagem coletiva - Minha contribuição

Dia de amar seu corpo Nos anos anteriores eu organizei a blogagem mas não escrevi. Resolvi que esse ano, eu escreveria. E aqui estou eu.

Não é fácil. Com baixa estatura, sobrepeso, óculos, ouvidos e joelhos ruins. Amar essa coisa que me faz prisioneira? Minha maior raiva do meu corpo não é não ser bonita o suficiente. É me achar fraca demais, inábil demais, incapaz demais. Além do inferno cada vez que vou procurar uma roupa, cada vez que me olho no espelho e penso porque parece que nenhuma roupa me cai bem... e do fato de sempre sentir que estou fazendo tudo errado e que mereço se morta por isso. (e é sério - a sensação é essa mesmo, de merecer morrer quando cometo um erro).

E de repente me dou conta que não sou a Martha Stewart. Porque ela é fake até a raiz.Acho que aceitar essa comparação já seria motivo para fazer todas as mulheres que eu admiro e em que me espelho caírem de paulada em cima de mim com razão.

Além de um eventual escândalo com sonegação de impostos, a Martha Stewart é a "mulher moderna perfeita" das revistas femininas que eu odeio. Um misto de dona de casa com artesã impecável e decoradora de interiores. Algo do tipo casa perfeita- filhos perfeitos - família perfeita- roupas perfeitas - coisas perfeitas feitas por ela mesma. O comercial de margarina elevado à décima potência. 

Os cupcakes na Martha não vazam das forminhas porque ela errou a temperatura do forno (porque estava escrevendo ficção científica enquanto cozinhava, sabe). Só os meus fazem isso. As crianças do mundo da Martha sempre tem o material escola impecável. Só eu escrevo com caneta bic o nome do meu filho nas coisas dele (porque estava preocupada demais brincando de massinha para me ocupar com isso). As roupas que ela tricota caem perfeitamente em seu corpo muito bom para a idade enquanto seus cabelos loiros estão perfeitamente penteados. Eu tenho um cachecol pela metade a dois anos e meu cabelo tem frizz (eu descobri o que era frizz só ano passado porque estava ocupada demais vivendo, fazendo cosplay, indo a shows, fazendo exposições, terminando a faculdade aos 20, construindo minha casa, minha vida e minha história para me preocupar com cabelo - ele sempre termina bagunçado mesmo). 

Pode parece avulso falar de assuntos que não estão relacionados ao corpo de forma direta. Mas eles são faces da mesma moeda. A moeda que me faz ter vergonha do meu corpo é a mesma que me faz ter vergonha de não ser uma mulher convencional e não fazer as coisas que uma mulher deveria fazer.

A realidade é que o tempo todo nossa sociedade exige de nós mulheres que nos encaixemos em estereótipos. E eu, meio menininho, de unhas coloridas e roupa rasgada, com meus grandes olhos amarelados e meu cabelo imenso e sem amarras, penei a vida inteira por saber disso. Porque não, eu não me encaixava e não vou me encaixar no estereótipo. Mas principalmente, porque sabendo disso, eu não posso permitir que meu silêncio deixe outras pessoas sofrerem com esses mesmos estereótipos.

Então a pergunta é: Sarah Helena, você ama seu corpo?

E minha resposta não é nada simples. Eu nasci em uma sociedade onde amar a si mesmo é um pecado. E então eu cresci para abraçar uma fé e uma filosofia de vida onde não reconhecer seu próprio valor é um crime contra tudo que é sagrado - e contra eu mesma. Eu luto a cada dia para desvestir o manto de dedos apontados, de risadas maldosas e de humilhações que minha sociedade teceu e vestiu em cada mulher, uma burca que foi costurada na nossa alma. Eu luto todo dia para aprender a me amar.

E quer saber?

Eu sou foda. Porque esse corpo e essa mente, tão inaptos, tão toscos, tão incapazes, já me renderam mais vitórias em 29 anos do que o de muita gente em uma vida inteira.

Eu tenho uma tatuagem e cicatrizes que me enchem de orgulho - e virão muitas mais. Eu tenho a memória corporal de um parto natural e não hospitalar. Eu tenho mãos de dedos compridos e tortos que herdei das minhas avós e nonas e a voz grave e rouca de quem vive com intensidade. Eu tenho nos ouvidos as vozes de dezenas de pessoas, acho que mais do que só dezenas, que disseram que me admiram, que me falaram que eu as surpreendi. Porque é cotidiano para mim o olhar de espanto e admiração que as pessoas tem quando eu falo - porque eu sei do que eu estou falando e porque elas não esperam que uma mulher da minha idade tenha essa segurança e esse conhecimento. (e não, eu não tenho essa segurança. mas é preciso. e cada vez que dizem isso, me surpreendo e fico vermelha e sem jeito; e é tão importante para mim e me sustenta)


E esse corpo, me permitiu ter quem eu desejei, mesmo quando eu achei que era tudo menos desejável. E eu dancei e ri e caminhei e subi trilhas e beijei e transei e fugi e pulei muro. E eu posso dizer que não me irrita meu corpo, mas a indústria miserável que nega a minha forma - a forma que é característica das mulheres do meu país, mulheres pequenas de ancas largas e tornozelos grossos. E que nega a forma (afro) de muitas amigas minhas, magrinhas, de seios miúdos e pernas longas. E nos forçam a tentar sermos cabides de roupas feitas para mulheres irreais. 

E tentam nos fazer caber, do mesmo jeito, em casamentos irreais, profissões irreais, vidas irreais. Querem dizer como temos que fazer tudo. E sinto muito. No meu mundo as mulheres vivem sem pedir licença. E não vou aceitar que ninguém diga que estamos erradas.



ps- e eu não vejo nada de errado em se diferente de mim. Pelo contrário. Somos fortes por sermos únicas. Só não posso aceitar que tentem obrigar a mim ou a qualquer uma a ser qualquer coisa que ela não deseje de verdade ser (desejo próprio, não imposto pela mídia lá fora)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

É amanhã!

Preparem suas postagens! Vamos mostrar para o mundo que não engolimos caladas a forma como a mídia distorce nossa imagem!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Facebook!

O pessoal da lista Ciclos Naturais Femininos está com o Duplamente Venusiana celebrando o Dia de Amar Seu Corpo.

Então, para quem está no Facebook, tem uma page lá para falar do assunto, e ajudar na divulgação - http://www.facebook.com/pages/Love-Your-Body-Day-Brasil/235107246543562

O Likebox aqui do lado está aqui todo bonitoso para divulgarmos o assunto lá tbm =).



E vamos lá!


Lembrando ao povo do twitter, a hashtag é #LYBD

Tá chegando!

Dia 19 está chegando... ainda não sabe o que postar?

Siga as instuções deste link...


E escolha um tema... dentro do grande tema "amar seu corpo"

Sugestões da NOW:

Influência da mídia e da propaganda em meninas e mulheres

Como aprendi a amar meu corpo

Manipulação fotográfica que cria padrões de beleza irreais

Cirurgias plásticas

Desordens alimentares e dietas

Estereótipos de gênero estreitos e negativos

Preconceito racial nos padões de beleza

Amando seu corpo com deficiências

Percepção corporal na infância



E você? Tem outas sugestões? Poste nos comentários.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Movimente-se para o Dia de Amar Seu Corpo

O pessoal da RISSCA vai fazer uma festa de cupcakes,uma Cupcake party para celebrar o Dia de Amar seu Corpo e eu amei a ideia.

Olha o que elas dizem de "Porque cupcakes"

Por que cupcakes? Cupcakes são bolinhos divertidos e também costumizáveis, cabem dentro de diversos cardápios: sem glúten vegan, sem açúcar, kosher, halal, tornando-os democráticos para todos. São alimentos lúdicos, criativos e trazem para o alimento em si muito mais do que valores nutricionais.


Amei! Eu gosto de cupcakes por causa disso. É um alimento lúdico. Tá ai mais umsa sugestão bacana - se não puder ir ao evento deles, que tal fazer ai na sua casa uma pequena festa de alimentos lúdicos, divertidos, seja lá quais eles forem para você?



E não esqueça de participar da nossa blogagem coletiva aqui no Duplamente Venusiana.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Blogagem Coletiva - Dia de Amar Seu Corpo -2011

A proposta da blogagem:


Uma blogagem coletiva sobre a beleza, a beleza de verdade, o amor ao próprio corpo, as distorções midiáticas, ou o que cada uma (ou um) considerarem que é adequado para este dia.

A Campanha da NOW tem como foco dizermos não ao padrão de beleza imposto em anúncios, revistas e TV, pela indústria da moda, cosméticos e produtos para dietas. Dizer não aos anúncios desrespeitosos contra a mulher, e também mostrar, para nós mesmas e para as meninas e jovens com quem convivemos, que elas podem amar seus corpos, e que a beleza é diversa, real, variada, e não produzida em série, manufaturada e alterada pelo photoshop.



Então, eu chamo todas e todos a dar voz para o corpo no dia 19/10 e mostrar ao mundo que podemos, sim, amar nossos corpos e buscar nossa própria beleza ao invés dos padrões auto impostos. 


A hashtag é #LYBD







Deixem o link para suas postagens aqui nos comentários do post, para podermos ter todos os links.

E coloquem no seu post o selo abaixo:

Photobucket




(para usar o o código, use a guia "edita html" no blogger, ou o semelhante em seu editor de posts, e cole o código lá.)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Love your body day tá chegando...

...e amanhã eu posto a chamada para a blogagem coletiva.

Mas enquanto isso, dêem uma olhada no exercício de criação 31 do Gambiarra Literária.

Nunca vou esquecer a reação das pessoas naquela oficina. Me chocou ver a dificuldade das pessoas em olhar para o próprio corpo. Por isso quero hooje como aquecimento para o LYBD sugerir que façam esse exercício.

Olhe seu corpo. Sem julgamentos, sem comparações, observe e aceite. Suas cicatrizes, suas marcas, sua história, sua beleza, sua unicidade.

Depois disso,continuamos nossa conversa sobre como é importante amar nosso corpo. Amanhã, proposta da blogagem com o selinho e tudo o mais. Este ano o dia de amar seu corpo é 19 de outubro.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

AJUDA - Pela educação domiciliar no Brasil

Mais detalhes na íntegra da notícia lá no Mídia sem máscara : http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/12437-urgente-pela-legalizacao-do-homeschooling.html

É fundamental,  que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos, solicitando aos deputados que aprovem os projetos.


Exemplo de email para enviarem aos deputados - USEM A VONTADE.



"Venho aos senhores junto com mães e pais, avós,amigos,  que estão cansados de ver o sofrimento de alunos que não se adequam à escola convencional.

Peço por favor que nos ajudem legalizando a educação domiciliar. Existem dezenas de países em que a educação domiciliar é legalizada e demonstra ser eficiente e capaz de educar ainda melhor do que as escolas.

A escola hoje é baseada na média. Alunos que não se adequam ao mediano não tem a atenção de que precisam, aqueles que fazem parte de minorias são excluídos, Não falo como teórica, apenas, mas também como quem vivência isso todos os dias. Nossas escolas não estão aptas e sim, devemos lutar para melhora-las, mas já estamos lutando por isso a décadas e nossas crianças estão hoje iniciando seus estudos, e ainda não temos uma escola que seja adequada. Nossas crianças não podem esperar, elas precisam de nós agora,elas precisam da legalização da educação domiciliar agora. A socialização se dá de forma muito mais realista e eficaz quando nossas crianças tem tempo para conviver, do que ficando cinco horas sentados, com um adulto controlando quando você pode sentir vontade de ir ao banheiro, e mandando que não se converse, não se pergunte, não olhe pela janela o sol lá fora.

Existem crianças que aprendem melhor na escola, existem crianças que aprendem melhor em casa. Peço po favor que respeitem isso. O bullying não vai acabar de uma hora para outra, as escolas não vão se tornar verdadeiramente laicas de uma hora para outra, as salas não vão deixar de ser superlotadas de uma hora para outra. Mas nossas crianças precisam aprender hoje e é por isso que peço que legalizem a educação domiciliar.

Somos uma minoria. Pais, mães e avós peocupados e dispostos a sacrifícios para dar o melhor para nossas crianças. Só pedimos que permitam isso. Não vai haver gastos estatais que já não existem com eles na escola. Só pedimos que nos olhem com o olhar humano e não toldado pelo preconceito. Porque a democracia não deve ser apenas o governo da maioria, mas deve proteger as minorias. Nós, adeptos da educação domiciliar, somos uma minoria por nossa visão de ensino, a qual muitas vezes reflete o fato de estarmos cansados de uma escola que massacra o diferente.

Observem os exemplos de crianças educadas em casa. Elas aprendem bem e se tornam adultos adaptativos, que conseguem pensar "fora da caixa". Não se tornam analfabetos funcionais e tem vivências culturais mais frequêntes que a média dos alunos das escolas.

Estamos dispostos a ajudar a tornar isso realidade. Mas dependemos do seu voto.
 Escutem nossa voz. Permitam que o direito garantido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de escolher a forma como vamos educar nossos filho seja válido no Brasil.

assinado:"


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É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.
Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:
cec@camara.gov.br
dep.fatimabezerra@camara.gov.br
dep.lelocoimbra@camara.gov.br
dep.arturbruno@camara.gov.br
dep.aliceportugal@camara.gov.br
dep.biffi@camara.gov.br
dep.nazarenofonteles@camara.gov.br
dep.paulopimenta@camara.gov.br
dep.pedrouczai@camara.gov.br
dep.reginaldolopes@camara.gov.br
dep.waldenorpereira@camara.gov.br
dep.gabrielchalita@camara.gov.br
dep.joaquimbeltrao@camara.gov.br
dep.professorsetimo@camara.gov.br
dep.raulhenry@camara.gov.br
dep.maragabrilli@camara.gov.br
dep.pintoitamaraty@camara.gov.br
dep.waldirmaranhao@camara.gov.br
dep.luizcarlossetim@camara.gov.br
dep.nicelobao@camara.gov.br
dep.professoradorinhaseabrarezende@camara.gov.br
dep.izalci@camara.gov.br
dep.paulofreire@camara.gov.br
dep.tiririca@camara.gov.br
dep.dr.ubiali@camara.gov.br
dep.luiznoe@camara.gov.br
dep.paulorubemsantiago@camara.gov.br
dep.antonioroberto@camara.gov.br
dep.stepannercessian@camara.gov.br
dep.alexcanziani@camara.gov.br
dep.alessandromolon@camara.gov.br
dep.angelovanhoni@camara.gov.br
dep.elianerolim@camara.gov.br
dep.emilianojose@camara.gov.br
dep.josedefilippi@camara.gov.br
dep.newtonlima@camara.gov.br
dep.ruicosta@camara.gov.br
dep.eliseupadilha@camara.gov.br
dep.maurobenevides@camara.gov.br
dep.osmarserraglio@camara.gov.br
dep.pedrochaves@camara.gov.br
dep.renanfilho@camara.gov.br
dep.rogeriopeninhamendonca@camara.gov.br
dep.bonifaciodeandrada@camara.gov.br
dep.eduardobarbosa@camara.gov.br
dep.jorginhomello@camara.gov.br
dep.nelsonmarchezanjunior@camara.gov.br
dep.esperidiaoamin@camara.gov.br
dep.joselinhares@camara.gov.br
dep.eleusespaiva@camara.gov.br
dep.joaobittar@camara.gov.br
dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br
dep.ariostoholanda@camara.gov.br
dep.romario@camara.gov.br
dep.ozieloliveira@camara.gov.br
dep.penna@camara.gov.br
dep.rosaneferreira@camara.gov.br
dep.danrleidedeushinterholz@camara.gov.br
dep.pastormarcofeliciano@camara.gov.br
dep.jandirafeghali@camara.gov.br
dep.ivanvalente@camara.gov.br
Basta copiar todos os e-mails acima e colar de uma só vez no campo do destinatário. Mandem a sua mensagem para todos eles, independentemente do partido a que pertençam (há simpatizantes do ensino domiciliar em todos eles) e independentemente do fato de serem membros titulares ou suplentes da CEC (nunca se sabe quais serão os deputados efetivamente presentes à seção em que os projetos serão votados).
Para quem quiser acompanhar melhor os projetos e sua tramitação, esta é a página do PL 3518/2008:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398589
e esta é a do PL 4122/2008:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=412025

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

florescendo no coração da noite...

Tudo está florescendo de um jeito quase irresponsável. Se fossem vozes ao invés de cores, haveria uma inacreditável gritaria no coração da noite.

Rainer Maria Rilke

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu, eu mesmo e...eu

A gente escuta muita besteira a respeito de amor próprio e auto estima. Uma dessas que li recentemente era de um psi-coiso metido a filósofo meio famosinho, dizendo que seres humanos são miseráveis e sempre se sentem mal mesmo e que esse é nosso estado natural, e ele usou Agostinho para se justificar e bom, eu fiquei muito puta, porque ele é do tipo que gosta de criar polêmica para ganhar ibope (por isso não vou colocar o nome dele aqui). Para começar, sendo um psi-coiso (não lembro se psiquiatra ou outra especialidade), é bem útil para ele que as pessoas se sintam miseráveis. Gente que está bem não rende dinheiro e o capetalismo já aprendeu isso muito bem. Mas acima de tudo, isso me acendeu uma luz.

O problema das pessoas com o amor próprio não é com o "próprio", é com o "amor". É com a dificuldade que as pessoas tem para compreender que amor não é todo cor de rosa fofo e purpurinado.

Amor próprio não significa não ter grilos, não se sentir inseguro nunca, adorar cada pedaço do seu corpo e mente. Pense, por um segundo, no amor que sentimos por outras pessoas.

Dentro do amor cabem, além de penteadeiras e outros móveis, sentimentos diversos e reações várias. Tem espaço para ficar com raiva, para brigar, para chorar juntos ou para fazer chorar. Existe dentro do amor uma tristeza mítica, incertezas várias. Mas englobando tudo isso, existe uma vibração de fundo, de prazer em estar juntos. De perceber o mundo com uma clareza maior, de enxergar coisas bobas que nos melhoram e tirar alegrias de pequenos atos simples.

Então, será que o amor próprio está mais Barbie e Ken, como nos propõem algumas pessoas, ou um amor mais verdadeiro, onde se presume uma busca, o criar uma história junto com, o encontrar um equilíbrio entre as vontades, aceitar que nem sempre os momentos vão ser bons, mas que tenha essa vibração de prazer, essa aceitação e a percepção de que somos mais quando estamos juntos. Nesse caso, juntando nosso corpo e nossa mente.

Amor próprio não é um amor propaganda de margarina, não é um amor daquelas propagandas de hidratante onde uma pessoa acorda de manhã já maquiada e de cabelo perfeito, e anda quase flutuando enquanto toma o café e passa o hidratante e tudo é luz do sol e música suave, falando sobre como é importante cuidar de si mesmo. Isso é uma idealização perigosa.

Amor próprio é usar a roupa que você gosta e não a que os outros impõem. É descobrir os prazeres que seu corpo pode provocar e sofrer junto com seu corpo quando algo vai errado, cuidando dele com o mesmo zelo que teria se estivesse cuidando de outra pessoa. É conhecer a história do seu corpo e como ele funciona, e saber o que vai fazer bem, o que vai fazer mal, e tomar decisões. É encontrar um balanço entre as vontades da mente e as necessidades do corpo.

Amor próprio, como qualquer amor, presume acordar com raiva do mundo e descontar no objeto amado, e naquele dia seu corpo se vê sujeitado a ser mal usado - e como um parceiro que responde ao seu xingamento, te causar uma ressaca no outro dia. Inclui raiva, tristeza, lutos, e tudo bem: não é menos amor porque não é pura perfeição. Minha nova frase preferida sobre isso é "se fosse fácil não chamava relacionamento, chamava miojo".

Mais que tudo, amor próprio é o único amor que termina só com o "até que a morte os separe". E mesmo assim, precisamos amar nossa mente também, e muita gente vai considerar que esse amor então, vai ir além. Então é preciso aceitação e paciência, domar os sentimentos tumultuados e acertar as arestas, para que o relacionamento funcione. E quando funciona... uau. Abre percepções e nos faz mais felizes e espalha alegrias, e dá um sentido meio Amelie Poulan para a existência.

Então, não pense que te falta amor próprio. Falta entender que relacionamentos destrutivos não levam ninguém a lugar nenhum. Que é preciso as vezes colocar em cheque nossas certezas e ouvir ao invés de falar. Que não podemos ser maníacos sedentos por controlar tudo. Amor próprio não é algo pronto, como nada na vida. É um processo. Um que é unico, pessoal e intransferível, e não importa as dicas, só você é capaz de vivenciar do jeito certo.



     



 


 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Porque a beleza tem que ser divertida.

Sou uma pessoa pouco convencional na relação com maquiagens por exemplo. Não uso. Não faço sobrancelha, nem tiro a pouca cutícula que tenho. Mas eu gosto de esmaltes.

Quando era adolescente eu usei todas as (poucas) cores de esmaltes que fugiam do convencional. Não era essa felicidade de tons e cores e efeitos que existe hoje. Eu costumava passar três ou quatro esmaltes para conseguir o efeito de cor que hoje eu consigo com um. Usava caneta prateada da Sakura para desenhar nas unhas.

Depois, na época em que entrei na bobagem de que gastar tempo comigo era desperdício (e não falo só de cuidado estético, falo de tudo mesmo), e parei.

Foi meio por acaso que em um encontro da minha roda de mulheres não convencional o assunto foi esmaltes. E eu digo, que coisa boa ter mulheres para sentar no chão e falar bobagens com confiança.

Lembrei do prazer que eu tinha com isso quando era adolescente. Comprei uma maleta, algodão, esmaltes coloridos. E voltei a pintar as unhas como eu fazia. Não simplesmente pintar as unhas, mas fazer desenhos nelas. Brincar com as possibilidades. Fazer efeitos.

Voltei a comprar esmaltes. Companheiro vasculhou a casa em busca dos meus esmaltes perdidos, mãe me deu uns de presente. Organizei os vidrinhos.

Ai as pessoas deram de se chocar. Que eu, estivesse pintando as unhas. Decorando as unhas. Fazendo frescurinhas nas unhas.

Pois é.

Usar esmalte, ainda mais do jeito que eu uso, é um ato de hedonismo lúdico. Não é só o fato de cultivar uma vaidade: é fazer isso porque é divertido. Porque posso brincar com as cores. Posso criar uma beleza que está acessível a qualquer uma e a todas. Basta ter dedos (mesmo que só alguns, porque conheço casos assim) para poder partilhar dessa beleza. Minhas unhas são curtinhas nesse momento, não são aquelas unhas imensas que parece que nasceram para camadas e camadas de cor.

Gosto disso. As unhas pintadas são uma forma de expressar sua beleza, sua personalidade, que os padrões de beleza impostos pela mídia não podem negar. Que não importa cor, idade, opinião política, você pode bincar com aquilo. Pode dar colorido para o cotidiano. Ressignificar seu olhar.

Quando olho minhas unhas por acaso, no meio do dia, eu sorrio. Carrego nos tons escuros, no glitter e no 3D. Gosto do brilho. Meus alunos gostam, acham colorido, deslizam o dedo sobre as minhas unhas, pintadas em tons absurdos, sempre com detalhes curiosos, desenhos, degradê de cores.

Não é uma beleza que distancia. Pelo contrário, me vi conversando com uma travesti (que era doze vezes mais feminina do que jamais serei) sobre cores de esmaltes, na fila do supermercado. Começando conversas ou quebrando a tensão, quando no meio de uma reunião tensa alguém reparou nos pequenos arco-íris nos dedos e senti o clima ruim dissipando no ar.

Não tenho opinião sobre manicures, sobre aquelas flores de técnica padronizada e isso tudo. Posso falar do que vivo: mulheres sentadas no chão, rindo e conversando enquanto cuidam umas das outras, usando esmaltes como remédios. Eu, sentada no meio de uma crise momentânea em que não consigo escrever, decidindo testar uma técnica diferente paa passar o tempo e me distrair para retomar o ritmo.

 
Dar colorido ao dia-a-dia. De todas as formas, incluindo minhas unhas.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

desculpem os inconvenientes...

...mas devido a problemas técnicos com nosso template, estou fuçando como posso no visual aqui, peço desculpas pelo caos eventual, porque só amanhã a noite vou ter tempo para minimamente colocar as coisas no lugar.

falando em mudanças visuais, comemoramos um ano de Gambiarra Literária dando uma geral no visual e colocando botões para compartilhamento. Em breve, ação conjunta Gambiarra e Duplamente Venusiana, aguardem! Visite o Gambiarra e passe para os amigos que curtem escrever.


Uma propaganda que me tocou

Eu não sou do tipo que fica postando prpagandas aqui porque, bom, são propagandas.

Mas eu também sou do tipo que se comove fácil, e bom... digamos que isso me tirou algumas lágrimas mesmo sendo uma merda de propaganda de calça jeans.





UPDATE - Nem tudo está perdido! O texto em questão, que me fez debulhar, é uma poesia do Bukowski


"The Laughing Heart"
Henry Charles Bukowski (August 16, 1920 - March 9, 1994)



your life is your life
don't let it be clubbed into dank submission.
be on the watch.
there are ways out.
there is a light somewhere.
it may not be much light but
it beats the darkness.
be on the watch.
the gods will offer you chances.
know them.
take them.
you can't beat death but
you can beat death in life, sometimes.
and the more often you learn to do it,
the more light there will be.
your life is your life.
know it while you have it.
you are marvelous
the gods wait to delight
in you.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Deleite para os olhos - tumblr - Fat Weddings

Estou me deleitando com as fotos do tumblr Fat Weddings. Zilhares de fotos de noivas (e noivos) que estão lind@s em seus casamentos, respeitando o fato de que sua forma física tem uma beleza que não é a ostentada pela mídia.

Momento curiosidade avulsa - eu olhei algumas fotos e pensei "mas ela não é gorda" para alguém com o mesmo biotipo que eu... que me sinto gordinha. hahahahahaha, olha só como as coisas são.

Agradecimentos à Deborah Sá que além de me dar o prazer de ver que não estou sozinha tentando dissipar o preconceito contra as feministas e o feminismo, me permitiu encontrar o link fuçando no facebook dela depois de ter me adicionado... =)

(gente, as fotos desse casamento que ela postou são lindas. a noiva que está de terno está espetacular e a noiva de branco está esplêndida.) 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ativismo, feminismo, defesa LGBTT, e essas coisas.

Eu cresci de um jeito um pouco diferente. Meus pais, longe de serem perfeitos, fizeram um bom trabalho me criando. Enquanto outras meninas queriam ser a próxima top model, eu queria ser Emma Goldam, Rosa Luxemburgo, Olga Benario Prestes.

Eu fui por um bom tempo uma ativista "clássica". De manifestação, reunião de partido, pé na rua distribuindo panfleto ou invadindo prédio público e fechando a rua em passeata. O tempo passou e eu fui descobrindo outras armas. Principalmente - eu descobri que viver é um ato político.

Não é que a gente não precise do ativista clássico - pelo contrário. Eu sinto falta daquilo e ainda acho que a ação direta é fundamental. Tive motivos pessoais que me afastaram disso, histórias longas que não cabem no momento, mas meu coração vibra e eu apoio incondicionalmente o ativismo clássico.

Mas não basta só o ativismo na rua. É preciso ir além.

A maneira como agimos, criamos os filhos, tratamos as pessoas, nossos bichos de estimação, as marcas para quem damos dinheiro, a maneira como agimos na internet, nossa atuação profissional, tudo é um ato político.

Não existe essa de "mas isso é só um filme" "mas isso é só um programa de rádio" "mas isso é só uma piada" ou "isso são só negócios".

Vivemos em uma teia onde nossas ações se somam a de outras pessoas de todos os tipos, e com isso nossas ações fazem sim uma enorme diferença no mundo. 

Algumas coisas chamaram minha atenção essa semana. A ameaça do Marcelo Tas contra a blogueira Lola, do Escreva, Lola, escreva. O horror da polícia atacando os manifestantes da UFES que estavam fazendo um protesto pacífico, os reacionários cristãos contra o PLC 122. Os mamaços e as reações misóginas contra eles e a Marcha das Vadias.

E se somou a isso meu filho lutando consigo mesmo para não chorar hoje de manhã, sendo obrigado a ir para uma escola que não significa nada para ele e que agride e vai contra tudo em que acreditamos e da maneira libertária como ele é criado. Meu menino tem seis anos e a plena consciência de que aprende muito mais quando está em casa com a gente do que na escola.

Eu vejo tudo isso como reflexos de um mesmo problema,que eu não sei resolver, mas que também não me permite ficar paradae exige de mim alguma ação.

E o que eu faço? Eu vivo. Faço malabarismos para sustentar a casa com um salário de 20 horas de professora (e não, eu não trabalho só 20 horas por semana, mas a base de cálculo é essa) e poder ter mais tempo com o companheiro o e o filho. Encaro os preconceitos das pessoas por estar em uma relação estável não convencional. Faço o que posso como política de "contenção de danos" ao efeito nocivo da escolarização no meu menino e nos meus alunos. Eu coloco meus alunos em contato com música erudita. Eu ajo na intenret. Mando emails, compartilho links, faço doações, escrevo artigos, entro em discussões. Eu me policio para não me deixar levar pelos meus preconceitos (e sim, eu tenho preconceitos, como todo mundo tem, assuma isso ou não.). Separo o lixo reciclável. Mantenho duas árvores em um quintal urbano e planejo como tornar a casa ainda mais verde. Eu boicoto algumas marcas e não tenho carro próprio. Tive meu filho em um parto não hospitalar e amamentei até que ele tivesse três anos e meio, e acreditei no desmame natural, que deu muito certo.

E eu não escondo quem eu sou. Sou uma politeista helênica (resumindo - eu acredito nos antigos deuses gregos e tento reconstruir a religiosidade deles), sou comunista libertária, sou bissexual, sou mamífera. Sou nerd, e prefiro gastar em livros o que outras pessoas gastam com cosméticos. Acredito em arte de guerrilha e em gentileza. Não me encaixo no biotipo que as pessoas acham ideal. E eu conto para as pessoas que é possível sim ser diferente, porque todos somos diferentes.

E eu aceito que você seja diferente de mim. E eu amo as pessoas em suas infinitas diferenças. E sim, eu espero de volta a mesma aceitação. Acha que eu concordo com tudo que as pessoas no blogroll ali embaixo falam? Não, eu não concordo com tudo não. Mas são coisas que precisam ser faladas. É preciso discutir. É preciso lutar, viver, amar, chocar.

Viver é um ato político. E mesmo que as vezes seja torturante, eu acredito que vale a pena. Porque politica é bom, sim. É orgânico como é a solidariedade. É lembrar velhos adágios anarquistas que não se pode negar.

E em dias como hoje, apesar de me sentir tão pequena, tão fraca e tão inócua, eu ainda assim consigo gostar do que vejo no espelho.

Uma música muito legal

Mas ao invés de postar a letra aqui, ao invés de pegar a tradução que o And Vésper fez, eu vou mandar vocês até oblogue do meu irmãozinho...

http://contraculturadebolso.wordpress.com/2011/06/04/grand-canyon-tracey-thorn-2/

sábado, 4 de junho de 2011

satisfazer quem?

Eu adoraria satisfazer todo mundo, se isso fosse possível; mas tentando satisfazer todos, eu me torno capaz de não satisfazer ninguém. Eu cheguei à conclusão de que o melhor rumo é satisfazer a própria consciência e deixar o mundo criar seu próprio julgamento, favorávelou não.

Mohandas K. Gandhi

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Auto censura

É fácil reparar que eu não escrevo muito por aqui. Na verdade, meus blogs andaram bem abandonados. Houve dois motivos para isso. Um, bom: reduzi meu tempo de internet para escrever um romance, que agora estrou na desesperadora faze de reescrita e portanto continua me demandando muito tempo.

O outro não é nada bom. É aquele monstrinho chamado auto censura. Meu crítico interno adora dizer que eu não escrevo bem o suficiente, que meus blogs não são interessantes o suficiente, que eu estou escrevendo a toa, que tudo está uma merda.

Comecei a pensar em como a auto censura é uma coisa perniciosa. É claro que as vezes o que escrevo não é tão bom assim. Sim, as vezes a sensação de que se está escrevendo para as paredes se instala. Mas a única forma de se melhorar a escrita é escrevendo. É tentando e arriscando.

Então eu queria propor um pensamento aqui. Quantas coisas nós não deixamos de fazer por medo?

Quantas vezes nós temos tanto medo do que os outros vão pensar que não fazemos?

Irônico que como professora eu combata a auto censura dos meus alunos, e tenha deixado ela se instalar em mim tão gravemente.

Vamos combinar uma coisa. Vamos dar a chance de que falem mal de nós. Permitir que nossa escrita melhore, que nossas receitas melhorem, que nossa arte, criatividade, que nossas vontades evoluam, da única forma que é possível. Fazendo.

Estou de volta ao blog. Escrevendo, traduzindo citações, falando de coisas que acho que deveriam estar sendo discutidas em bom português.

Para começar, queria recomendar aos leitores e passantes um blog muito bacana, que eu tenho mantido com a ajuda do Edson, que é poeta, chamado Gambiarra Literária. Toda semana tem exercícios para escrita lá, citações de autores falando sobre o ato de escrever, artigos e vídeos que encontramos pela web.

E de vez em quando, vão aparecer exercícios criativos aqui também. Quem sabe alguém se dispoe a fazer algo? Vamos investir em nós. Vamos nos amar mais e vamos permitir que abeleza invada nossa vida, do único jeito que é possível. Arrebentando as janelas e escancarando as portas, antes que ela decida arrancar o telhado e nos chacoalhar até entendermos o recado.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Limitação de tempo

imagem - o_lie


Seu tempo é limitado, então não desperdice vivendo a vida de outra pessoa. Não fique aprisionado pelo dogma - que é viver pelos resultados do pensamento de outra pessoa. Não deixe o barulho das opiniões dos outros afogarem sua voz interior. E mais importante, tenha coragem para seguir seu coração e intuição. Todo o resto é secundário.

Steve Jobs

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

nosso medo mais profundo...

Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é de sermos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Perguntamos a nós mesmos Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso, fabuloso? Na verdade, quem é você para não ser? Você é uma criança do divino. Diminuir a si mesmo não tem serventia para o mundo. Não existe nada iluminado a respeito de encolher-se para que os outros não se sintam inseguros perto de você. Nós somos todos feitos para brilhar, como as crianças fazem. Nascemos para manifestar a glória divina que está em nós. E não está apenas em alguns de nós; está em todo mundo. E conforme deixamos nossa luz própria brilhar, inconscientemente damos permissão para que os outros façam o mesmo. Como somos liberados de nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libera os outros. 
-
Marianne Williamson

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Eu não querovoltar sozinho - um curta metragem muito fofo

Achei tão lindinho fofinho adolescentezinho...


Valeu ao Kauã por ter passado o link... amei!







sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

expresse sua verdade



Está na hora de expressar sua Verdade. Crie sua comunidade, sejam bons uns para os outros. E não olhe para fora de si mesmo por um líder. Neste momento, existe um rio fluindo muito rápido.  Ele é tão grande e veloz que muitos sentirão medo. Eles tentarão se agarrar à margem. Eles sentirão que estão sendo despedaçados e sofrerão grandemente. Saiba que o rio tem seu próprio destino. Nós precisamos deixar de lado a margem, nos lançarmos para o meio do rio, manter os olhos abertos e a cabeça fora da água. Agora, olhe quem está lá com você, e celebre. 


trecho de Oração dos anciões Hopi

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A beleza vem em todas as formas e tamanhos... e a elite esportiva da terra também.

Todas essas mulheres são esportistas olímpicas.
E cada uma é única em sua forma física.
É um prazer para mim ver esta foto: é a prova de que ser diferente não te torna melhor ou pior. Só isso: diferente.

Eu acho inspirador olhar para essa foto. Não quero ser nenhuma dessas mulheres. Não quero ser atleta olímpica. Mas é bom para lembrar que conseguir meu objetivo físico (que é ser mais forte e resistente, ter uma alimentação mais saudável e uma relação de aceitação com meu corpo) não significa ter que ater a padrões externos e estabelecidos de beleza que não respeitem minha natureza.   




ps- reparem que mesmo atletas que praticam a mesma categoria esportiva, tem corpos diferentes.

sábado, 29 de janeiro de 2011

A beleza vem em todos os tamanhos e formas

A gente cresce em uma sociedade onde tudo tenta impor padrões. Como você tem que se comportar. Como tem que se vestir. Como tem de ser seu corpo. Crescemos achando que somos errados.

Com isso, cresce a insatisfação de não ser capaz de dar conta do ideal de perfeição estética, moral, mental, comportamental. E usam isso como forma de controle. A sociedade em que vivemos quer ver você insatisfeita (o).

Estou com vontade de escrever sobre isso faz tempo, mas não escrevo porque tenho medo de ofender as pessoas que me são queridas. Mas hoje encontrei um blog muito legal, (que está linkado ali embaixo no blog roll) e decidi tomar coragem. Afinal, é sobre isso que este blog fala.


Sem meias palavras: emagrecer ou engordar não vai te fazer mais feliz. O que vai te fazer mais feliz é exercitar sua auto aceitação. 

É descobrir o que de bom seu corpo faz. 

É aprender que você pode sim desejar melhorar seu corpo, mas que os números na balança não tem nada a ver com isso.

É aprender que quando estamos de bem com a gente mesma, nosso cabelo fica mais bonito - e não tem chapinha ou creme que consiga esse efeito. 

Aprender que nunca seremos um avatar de perfeição. E ok. 

Aprender que não é o que os outros pensam que vai fazer você se sentir bem.

Não adianta querer mudar seu corpo se você não mudar a forma como se relaciona com ele. 

Se você quer se sentir bonita, precisa fazer as pazes consigo mesma.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um lembrete

Sua visão vai se tornar mais clara apenas quando você olhar em seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.
Carl Jung

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Círculos de pessoas como movimento natural ou "regras estúpidas que nem precisam ser ditas"

Círculo é um conceito bem simples. Não é porque as pessoas se sentem em círculo. Elas podem se espalhar pelo ambiente como sentirem vontade. Mas um círculo pressupõe que não existe inferior ou superior, que todos fazem parte do processo do mesmo modo. Em um círculo, o jovem e o velho podem ser ouvidos do mesmo modo e se reconhece que todos tem alguma sabedoria.

O lugar onde o círculo se encontra precisa fazer com que todos se sintam a vontade. Que exista privacidade e aconchego. Que tipo de lugar vai abarcar essas características pode variar de acordo com o círculo e seu objetivo. Mas é preciso algum conforto, seja o que for que o grupo considere conforto.

Nenhum objetivo é idiota demais. Qualquer motivo é um bom motivo para que as pessoas se reunam e partilhem. Pode ser para aprender algo juntos, como um grupo de estudo, para assistir um filme, para falar de novelas. Pode ser simplesmente para comer juntos. Talvez o objetivo do círculo permaneça sempre o mesmo. Talvez ele seja mesmo o foco mais importante. Talvez seja apenas uma desculpa para o que realmente importa: estar juntos.

Todo mundo ouve, todo mundo fala. Mas isso pode ter a dinâmica que for. Talvez existam momentos de alguém dizer algo para todos ouvirem. Existem momentos em que se quer falar só com alguém ou surge uma conversa entre alguns que depois se expande. Alguns gostam de falar mais. Outros precisam ouvir por longo tempo até ter coragem de se manifestar. Para quem está de fora, pode parecer apenas o caos, desde que isso funcione para o grupo.

Um círculo encoraja a falar e celebra isso. Não importa se alguém discorda ou não - e existe liberdade para discordar. Mas todos tem que saber que serão apoiados a falar o que acharem importante.

O círculo é um lugar seguro. Talvez exista um pacto de silêncio: o que for dito ali não sai para fora. Talvez, seja simpelsmente a sensibilidade de saber o que se pode ou não falar. Mas sempre, dentro do círculo, falamos de assuntos que em outros lugares não falaríamos.


Kandinsky, estudo de cores, Quadrados com círculos concêntricos
Pense com simplicidade. Cabeça leve, barriga feliz e pés confortáveis são um caminho seguro para que a partilha entre todos seja a melhor possível.

Em um círculo não existe lugar para a culpa. Mas se souber até onde ir, também se pode fazer alguém pensar sobre algo que está fazendo mal para a pessoa. Como brincar com as fumantes quando sairem do espaço do círculo para fumar.

As pessoas não são perfeitas. Um círculo não é perfeito. Lidar com a imperfeição é que nos faz evoluir. E as falhas de uma são compensadas pelas qualidades de outra. Não a toa um círculo fala de apoio. Afinal, apoio é aquilo que usamos para não cair.

Existem momentos em que círculos diferentes se mesclam. E esses são momentos de celebração. Mas o prazer de estar dentro de seu círculo também merece ser celebrado.

Um círculo de mulheres é apenas para mulheres. Um círculo de homens é apenas para homens. Um círculo de gente de determinada idade é apenas para gente de determinada idade. Respeite a proposta do círculo e o círculo vai respeitar você.

Círculos podem durar dias our séculos. Talvez seu tempo dentro do círculo seja curto: isso não vai fazer desse tempo menos significativo ou importante.

Na dúvida sobre a atitude correta, lembre-se que não importa o que for fazer, pode ser feito de maneira gentil.

Círculos de Mulheres

Quando se fala de círculos de mulheres, em primeiro lugar se pensa naquela coisa espiritualizada dos círculos como os do Clã dos ciclos sagrados, do Cirandda da Lua, do Teia de Thea, e outros assim.

E eles são importantes. São imprescindíveis, eu diria. Eles permitem uma  vivência profunda do sagrado feminino.


Mas seria errado pensar que existe apenas esse tipo de Círculo de Mulheres. Existem muitos outros tipos de círculos de mulheres.


Neste momento, eu faço parte de dois círculos de mulheres. Um deles é virtual e se chama Multiply. O Multiply é uma rede social no estilo do LiveJournal ou outras redes de compartilhamento de informação. Você não tem um perfil. Tem um blog. E as pessoas para comentarem tem de ter perfil também. e você pode postar apenas para pessoas especificas lerem. E na sua página de entrada, vc pode ler não só as atualizações dos seus contatos, mas dos contatos dos seus contatos.


Com o passar do tempo, formaram-se grupos de apoio mútuo ali. Para falar dos mais diversos assuntos. Para dividir experiências. Para chorar juntas e rir juntas. E muitas vezes, nós apoiamos umas às outras. E dividimos receitas. E trocamos figurinhas sobre música. E somos do país todo, diferentes vidas e jeitos. Algumas gostam mais de umas, outras menos. Algumas eu sei que não consigo conviver fora da rede. Algumas se toleram. E acho que isso é parte do convívio. Nem todas as irmãs se dão bem - mas continuam sendo irmãs. E todas as mulheres da Terra são irmãs.





E existe um outro. Um grupo de mulheres que fala sobre seriados, filmes, atores bonitos, livros, sobre Star Wars, Senhor dos Anéis, Beattles, sobre Arquivo X, Smallville, House, Mentalist, sobre comida, cupcakes, problemas da vida, diversões, que falam muito alto, dão muita risada, que reunem gerações de filhas e mães.


Ontem, fui pela primeira vez no encontro delas fisicamente. Faço parte do espaço virtual que compartilhamos (vê só como é bom a internet? os meus dois círculos de mulheres usam a rede para comunicação rápida).



Eu não sou muito uma pessoa que convive bem com mulheres. A maioria dos emus amigos mais íntimos são homens. Então assumo que um pedaço de mim desconfia de um número tão grande de mulheres juntas. Porque fui educada em uma sociedade onde uma mulher busca machucar a outra, onde as pessoas não se aceitam, onde é preciso ter medo de outras mulheres.


Encontrei um lugar onde podiamos rir, mas onde lágrimas acontecem e são respeitadas. Onde mulheres mesmo desconhecidas se amam e cuidam umas das outras. Onde se come sem culpas e se troca histórias e para ajudar estão algumas pessoas que eu amo e que são muito especiais para mim (e eu até tive coragem de dizer isso para elas!).


Então, depois de um domingo de imersão em um círculo de mulheres que segue as regras dos círculos de mulheres originais, aqueles em que nossas avós se sentavam para fazer pão ou costurar juntas, eu decidi escrever um pouco sobre círculos femininos (ou masculinos), seria melhor dizer, círculos de gênero, que não buscam o sagrado e a espiritualidade, mas que são tão importantes quanto estes, porque a vida é feita de cotidianos, e tem momentos que pensar no sorriso do Nathan Fillion é tão bom quanto uma análise jungiana.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PLaying for change (Tocando pela mudança) é uma iniciativa que se propõe a "conectar o mundo através da música", o que na opinião deles, é a natureza da música fazer. 

 Então eles trabalham com a idéia dos músicos de rua, e fizeram esse vídeo de divulgação lindíssimo, onde músicos de rua do mundo todo cantam e tocam Stand By Me. Porque é isso: a música conecta as pessoas.
E eles tem programas dcumentários sobre esses músicos, e eles começaram a ajudar a montar escolas de música em lugares que precisam de inspiração e esperança. E já são 600 estudantes em lugares como Ruanda, Mali, Nepal... 

 Mas não é preciso nem saber o quanto os caras são incríveis para pirar com esse vídeo.


"No matter who you are. No matter where you go in your life. At  some point you gonna need someone to stand by you."