domingo, 21 de fevereiro de 2010

não estranhem a bagunça...

estou mexendo no template do blog. E é óbvio que estou apanhando, porque senão não seria eu. Então, não estranhem as bizarrias, a confusão e coisa e tal, porque espero ainda hoje arrumar essa confusão e deixar esse lugar bem bonito para nós.


ps- tem uma joaninha vermelhinha com pintinhas pretas passeando pelo meu notebook. Ela agora se sentou no canto da tela e está me olhando com a maior cara de curiosidade que uma joaninha poderia demonstrar... parece que até o mundo resolveu ser gentil comigo hoje.

update - caguei na hora de fazer alguma coisa, e comi o blogroll com bolinhos, amanhã conserto isso. De resto, espero que gostem do novo visual.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fat Rant, Joy Nash

Peguei no Manual Prático da Gordinha,
depois da Alcarinque ter indicado no blog dela. Veio bem a calhar, e acho que é muito a cara da minha proposta aqui, de ver a beleza por todos os ângulos. Não preciso falar mais porque a menina do vídeo já arrasa sem ajuda. =)




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

The Nu Project

E eis que nosso companheiro de blogosfera e eventualmente responsável pela minha existência terrena (vulgarmente conhecido como meu pai), o Edson do ótimo Inventário de Naufrágios e do Uma lagarta de fogo, me mandou um link que ele identificou sabiamente como "a cara do venusiana". Se merece um post? Merece mais que isso, porque o cara esá aportando aqui em Sampa para fotografar.

Bom, o projeto se sustenta sozinho, e sem muita análise, eu vou reproduzir o que o fotógrafo diz no site dele (mas como estou boazinha hoje, vou traduzir para vcs):

"Eu comecei o Nu Project procurando fotografar pessoas normais, sem experiência como modelo, e fotografando essas pessoas, capturar pequenas lascas de pura, não distorcida, humanidade. Os modelos usam pouca ou nenhuma maquiagem, não tem cabelereiro, produtor, agenda ou adereços, sem pressão ou falsa sexualidade. É tudo sobre quem são essas mulheres como pessoas e não como símbolos. Suas histórias são refletidas por seus corpos, suas cicatrizes, seu cabelo, e em sua expressão. Elas confiaram em mim para contar suas histórias."

Realmente acho desnecessário falar mais do que isso.As fotos falam por si, o cara definiu mega bem o projeto e eu só vou ficar aqui pasmando pela galeria de fotos.

O site é um sonho. E a música foi escolhida de modo muito perfeito para dar o clima para as fotos. Recomendo a todo mundo que está em busca de encontrar a beleza do mundo real.

Se você gostou e ficou com vontade de participar do projeto, aproveita que ele está chegando a Sampa e tenta participar. Entre no site do projeto e clique em "contact"



O site do projeto é este aqui - The Nu Project
Clique na galeria e delicie-se com as fotos.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

açafrão

Estava um pouco frio naquele fevereiro e mesmo enciumado por encontrar ela no bar com os amigos, ele deixou ela usando a blusa dele. Disse que voltaria dali uns quarenta minutos e pegaria a blusa. Ela disse que sim, e quando ele saiu, pegou um papel em cima da mesa, rabiscou um bilhete romântico e enfiou no bolso da jaqueta.

Do outro lado da mesa, seu amigo olhou sem entender. Ela respondeu que era seu jeito de fazer as coisas. Uma hora qualquer, longe dela, ele enfiaria a mão no bolso e receberia do nada um eu te amo. O olhar do amigo era doce e verde, e alguns meses depois ele encontraria um bilhete com uma margarida rabiscada e um coração quando abrisse o estojo.Naquela hora ele entendeu, e o sorriso dele valeu não o dia, mas os três anos seguintes.

Na verdade, ela era uma mulher muito prática, que adoraria que os homens a tratassem daquele jeito. Sabendo ser improvável ou impossível, começou a ser assim para as outras pessoas. Surpreendeu cada garoto depois daqueles dois, com uma garrafa de vinho em plena quarta feira, ou um cravo vermelho guardado dentro do maço de cigarros.

Uma vez, comprou uma caixa de bombons e distribuiu para todos os casais desconhecidos que encontrou na rua.


Comprou presentes e mandou cartões para amigas e amigos que estavam sozinhos (e infelizes com isso) no dia dos namorados.


Com o tempo, ela foi se perdendo de si. Um pouco de cinismo parece acompanhar a virada dos vinte anos. Saber que não entendiam também a incomodava.

Os "atos aleatórios de gentileza" romântica foram ficando mais raros conforme o tempo passava e ela ficava mais velha, mais cinza e mais fechada.

Mas aquilo ainda morava dentro dela. E no dia 14 de fevereiro, no monitor do micro, dentro do guarda roupa, no espelho do banheiro, apareciam eventuais cartões.

Naquela noite, ela teve um sonho de açafrão. Um sonho aliás, todo em azul, verde e açafrão. E despertou com o estranho desejo de imprimir centenas de cartões para o valentines day e enviar pelo correio para endereços desconhecidos.