quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Não tenho imaginação para mensagem de ano novo... continuo usando sempre a mesma

No ano que passou fizemos o possível,

o que acreditávamos, o que era incrível.

Botes, submarinos, caravelas,

comunas, castelos, favelas.

A novidade é a incapacidade

de destruirmos a guerra.

Não mudou o sonho,

ora naufragou, ora ficou à deriva.

O ano que passou alimentou o poema.

Poetas voltam ao picadeiro da rua

e gritam: a terra está nua, a mentira é uma fera solta.

Mas a poesia faz acrobacia,

vira cambalhota e inventa

o novo estratagema:

continuamos apaixonados pela vida

e faremos, ano que vem,

maior e mais forte investida.

M�rio Pirata

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Na Folha hoje... ditadura do rosa

22/12/2009 - 11h51

Mães combatem "ditadura do rosa" imposta às meninas

da France Presse, em Londres
Duas mães inglesas declararam guerra ao que chamam de "rosificação" --a onipresença da cor rosa no universo das meninas--, um fenômeno relativamente recente que vai além da cor e que, segundo elas, limita as aspirações das pequenas.
Emma e Abi Moore, duas irmãs gêmeas de 38 anos, lançaram a campanha no blog PinkStinks (Rosa é uma droga) em 2008 para desafiar a cultura do rosa baseada na beleza, em detrimento da inteligência, que é imposta às meninas praticamente desde o berço.
"Queremos abrir os olhos das pessoas para o que está se passando no marketing dirigido às crianças", explica Emma Moore, que critica duramente a tendência rósea que vai da moda até os brinquedos. "Queremos que as meninas saibam que podem ser tudo que quiserem ser, independente dos que os fabricantes queiram vender para elas."
As empresas investem 100 bilhões de libras (US$ 160 bilhões) anuais apenas no Reino Unido em publicidade para conquistar o lucrativo mercado das crianças, ávidos consumidores futuros, segundo um estudo governamental publicado na semana passada.
Basta entrar em qualquer loja de brinquedos para perceber a monocromia que reina nas seções para meninas. O rosa não é apenas a cor das bonecas e fantasias de princesa, mas também das bicicletas, telefones e até mesmo brinquedos até então unissex.
"Isso nem sempre foi assim. Nos anos 70, quando crescemos, o Lego era apenas o Lego, com todas as cores", afirma Emma. "Agora o Lego para as meninas é rosa e tudo gira em torno de cavalos alados e fadas. Isso não é natural."
Também existem versões cor de rosa do jogo de palavras Scrabble, com a palavra "fashion" (moda) formada na tampa da caixa, e do Monopoly (Banco Imobiliário), onde as casas e hotéis foram substituídos por lojas e shopping centers.
Segundo as militantes, até pelo menos a Primeira Guerra Mundial o rosa era a tonalidade dos meninos, enquanto o azul claro era considerado mais apropriado para as meninas. Para elas, a "rosificação" extrapola a cor.
Os brinquedos para as meninas reproduzem em sua maioria atividades consideradas femininas, como o cuidado de bebês, a limpeza da casa e cuidados com a beleza, o que incute nelas cada vez mais a atual "obsessão pela imagem".
"Muitos desses produtos parecem bastante inofensivos, mas se somam a essa cultura de celebridade, fama e riqueza, que está danificando as aspirações das meninas sobre o que podem ser", assinala Emma.
A campanha, que conta com milhares de seguidores no Facebook, gerou polêmica no Reino Unido, onde um jornal classificou as irmãs Moore de "feministas severas e sem senso de humor".

Cartas de tarot...

Fiquei do solstício de inverno ao de verão sob o augúrio da carta da Força.
Foi um tempo de se redescobrir, de aprender, de buscar ser mais eu mesma.
Aprendi que minha força não é aquela óbvia. MInha força está, sim, no meu grito e na fúria, mas também está na minha imensa capacidade de sobreviver e meu imenso prazer em cuidar dos outros.

Aprendi, nesses seis meses de força, que minha força bebe na fonte de Afrodite. Que é nesse ser duplamente venusiana que eu me torno mais eu mesma e mais poderosa. Na minha necessidade de beleza no mundo, na minha busca por uma beleza que tenha significado para mim. Nessa entrega toda ao que é belo.

Eu descobri que sou mais forte quanto mais aguda é minha mente e maior a minha entrega - e eu sobrevivo. Com crises de mau humor, com um número a menos na calça, com um monte de cigarros e uma dose maciça de ansiedade. Com esteira e pesinhos morando na varanda junto com a rede e o notebook e a gana de no próximo ano ir muito além.

E agora, do solstício de verão ao solstício de inverno, sigo com outra carta- A Justiça. Para aprender a ter disciplina e fazer as coisas como devem ser - e também para receber o merecido, o que significa que eu sempre tenho que tentar fazer o melhor - ou o merecido pode ser muito mais pancada e muito menos prazer.