quinta-feira, 29 de setembro de 2011

AJUDA - Pela educação domiciliar no Brasil

Mais detalhes na íntegra da notícia lá no Mídia sem máscara : http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/12437-urgente-pela-legalizacao-do-homeschooling.html

É fundamental,  que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos, solicitando aos deputados que aprovem os projetos.


Exemplo de email para enviarem aos deputados - USEM A VONTADE.



"Venho aos senhores junto com mães e pais, avós,amigos,  que estão cansados de ver o sofrimento de alunos que não se adequam à escola convencional.

Peço por favor que nos ajudem legalizando a educação domiciliar. Existem dezenas de países em que a educação domiciliar é legalizada e demonstra ser eficiente e capaz de educar ainda melhor do que as escolas.

A escola hoje é baseada na média. Alunos que não se adequam ao mediano não tem a atenção de que precisam, aqueles que fazem parte de minorias são excluídos, Não falo como teórica, apenas, mas também como quem vivência isso todos os dias. Nossas escolas não estão aptas e sim, devemos lutar para melhora-las, mas já estamos lutando por isso a décadas e nossas crianças estão hoje iniciando seus estudos, e ainda não temos uma escola que seja adequada. Nossas crianças não podem esperar, elas precisam de nós agora,elas precisam da legalização da educação domiciliar agora. A socialização se dá de forma muito mais realista e eficaz quando nossas crianças tem tempo para conviver, do que ficando cinco horas sentados, com um adulto controlando quando você pode sentir vontade de ir ao banheiro, e mandando que não se converse, não se pergunte, não olhe pela janela o sol lá fora.

Existem crianças que aprendem melhor na escola, existem crianças que aprendem melhor em casa. Peço po favor que respeitem isso. O bullying não vai acabar de uma hora para outra, as escolas não vão se tornar verdadeiramente laicas de uma hora para outra, as salas não vão deixar de ser superlotadas de uma hora para outra. Mas nossas crianças precisam aprender hoje e é por isso que peço que legalizem a educação domiciliar.

Somos uma minoria. Pais, mães e avós peocupados e dispostos a sacrifícios para dar o melhor para nossas crianças. Só pedimos que permitam isso. Não vai haver gastos estatais que já não existem com eles na escola. Só pedimos que nos olhem com o olhar humano e não toldado pelo preconceito. Porque a democracia não deve ser apenas o governo da maioria, mas deve proteger as minorias. Nós, adeptos da educação domiciliar, somos uma minoria por nossa visão de ensino, a qual muitas vezes reflete o fato de estarmos cansados de uma escola que massacra o diferente.

Observem os exemplos de crianças educadas em casa. Elas aprendem bem e se tornam adultos adaptativos, que conseguem pensar "fora da caixa". Não se tornam analfabetos funcionais e tem vivências culturais mais frequêntes que a média dos alunos das escolas.

Estamos dispostos a ajudar a tornar isso realidade. Mas dependemos do seu voto.
 Escutem nossa voz. Permitam que o direito garantido pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de escolher a forma como vamos educar nossos filho seja válido no Brasil.

assinado:"


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É fundamental, portanto, que todos aqueles que apoiam o homeschooling escrevam aos deputados que integram a CEC, manifestando seu apoio aos projetos e sua desaprovação do relatório do Dep. Waldir Maranhão -- e, naturalmente, solicitando aos deputados que rejeitem o relatório do Dep. Maranhão e aprovem os projetos.
Os e-mails dos deputados que integram a CEC são:
cec@camara.gov.br
dep.fatimabezerra@camara.gov.br
dep.lelocoimbra@camara.gov.br
dep.arturbruno@camara.gov.br
dep.aliceportugal@camara.gov.br
dep.biffi@camara.gov.br
dep.nazarenofonteles@camara.gov.br
dep.paulopimenta@camara.gov.br
dep.pedrouczai@camara.gov.br
dep.reginaldolopes@camara.gov.br
dep.waldenorpereira@camara.gov.br
dep.gabrielchalita@camara.gov.br
dep.joaquimbeltrao@camara.gov.br
dep.professorsetimo@camara.gov.br
dep.raulhenry@camara.gov.br
dep.maragabrilli@camara.gov.br
dep.pintoitamaraty@camara.gov.br
dep.waldirmaranhao@camara.gov.br
dep.luizcarlossetim@camara.gov.br
dep.nicelobao@camara.gov.br
dep.professoradorinhaseabrarezende@camara.gov.br
dep.izalci@camara.gov.br
dep.paulofreire@camara.gov.br
dep.tiririca@camara.gov.br
dep.dr.ubiali@camara.gov.br
dep.luiznoe@camara.gov.br
dep.paulorubemsantiago@camara.gov.br
dep.antonioroberto@camara.gov.br
dep.stepannercessian@camara.gov.br
dep.alexcanziani@camara.gov.br
dep.alessandromolon@camara.gov.br
dep.angelovanhoni@camara.gov.br
dep.elianerolim@camara.gov.br
dep.emilianojose@camara.gov.br
dep.josedefilippi@camara.gov.br
dep.newtonlima@camara.gov.br
dep.ruicosta@camara.gov.br
dep.eliseupadilha@camara.gov.br
dep.maurobenevides@camara.gov.br
dep.osmarserraglio@camara.gov.br
dep.pedrochaves@camara.gov.br
dep.renanfilho@camara.gov.br
dep.rogeriopeninhamendonca@camara.gov.br
dep.bonifaciodeandrada@camara.gov.br
dep.eduardobarbosa@camara.gov.br
dep.jorginhomello@camara.gov.br
dep.nelsonmarchezanjunior@camara.gov.br
dep.esperidiaoamin@camara.gov.br
dep.joselinhares@camara.gov.br
dep.eleusespaiva@camara.gov.br
dep.joaobittar@camara.gov.br
dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br
dep.ariostoholanda@camara.gov.br
dep.romario@camara.gov.br
dep.ozieloliveira@camara.gov.br
dep.penna@camara.gov.br
dep.rosaneferreira@camara.gov.br
dep.danrleidedeushinterholz@camara.gov.br
dep.pastormarcofeliciano@camara.gov.br
dep.jandirafeghali@camara.gov.br
dep.ivanvalente@camara.gov.br
Basta copiar todos os e-mails acima e colar de uma só vez no campo do destinatário. Mandem a sua mensagem para todos eles, independentemente do partido a que pertençam (há simpatizantes do ensino domiciliar em todos eles) e independentemente do fato de serem membros titulares ou suplentes da CEC (nunca se sabe quais serão os deputados efetivamente presentes à seção em que os projetos serão votados).
Para quem quiser acompanhar melhor os projetos e sua tramitação, esta é a página do PL 3518/2008:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398589
e esta é a do PL 4122/2008:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=412025

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

florescendo no coração da noite...

Tudo está florescendo de um jeito quase irresponsável. Se fossem vozes ao invés de cores, haveria uma inacreditável gritaria no coração da noite.

Rainer Maria Rilke

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu, eu mesmo e...eu

A gente escuta muita besteira a respeito de amor próprio e auto estima. Uma dessas que li recentemente era de um psi-coiso metido a filósofo meio famosinho, dizendo que seres humanos são miseráveis e sempre se sentem mal mesmo e que esse é nosso estado natural, e ele usou Agostinho para se justificar e bom, eu fiquei muito puta, porque ele é do tipo que gosta de criar polêmica para ganhar ibope (por isso não vou colocar o nome dele aqui). Para começar, sendo um psi-coiso (não lembro se psiquiatra ou outra especialidade), é bem útil para ele que as pessoas se sintam miseráveis. Gente que está bem não rende dinheiro e o capetalismo já aprendeu isso muito bem. Mas acima de tudo, isso me acendeu uma luz.

O problema das pessoas com o amor próprio não é com o "próprio", é com o "amor". É com a dificuldade que as pessoas tem para compreender que amor não é todo cor de rosa fofo e purpurinado.

Amor próprio não significa não ter grilos, não se sentir inseguro nunca, adorar cada pedaço do seu corpo e mente. Pense, por um segundo, no amor que sentimos por outras pessoas.

Dentro do amor cabem, além de penteadeiras e outros móveis, sentimentos diversos e reações várias. Tem espaço para ficar com raiva, para brigar, para chorar juntos ou para fazer chorar. Existe dentro do amor uma tristeza mítica, incertezas várias. Mas englobando tudo isso, existe uma vibração de fundo, de prazer em estar juntos. De perceber o mundo com uma clareza maior, de enxergar coisas bobas que nos melhoram e tirar alegrias de pequenos atos simples.

Então, será que o amor próprio está mais Barbie e Ken, como nos propõem algumas pessoas, ou um amor mais verdadeiro, onde se presume uma busca, o criar uma história junto com, o encontrar um equilíbrio entre as vontades, aceitar que nem sempre os momentos vão ser bons, mas que tenha essa vibração de prazer, essa aceitação e a percepção de que somos mais quando estamos juntos. Nesse caso, juntando nosso corpo e nossa mente.

Amor próprio não é um amor propaganda de margarina, não é um amor daquelas propagandas de hidratante onde uma pessoa acorda de manhã já maquiada e de cabelo perfeito, e anda quase flutuando enquanto toma o café e passa o hidratante e tudo é luz do sol e música suave, falando sobre como é importante cuidar de si mesmo. Isso é uma idealização perigosa.

Amor próprio é usar a roupa que você gosta e não a que os outros impõem. É descobrir os prazeres que seu corpo pode provocar e sofrer junto com seu corpo quando algo vai errado, cuidando dele com o mesmo zelo que teria se estivesse cuidando de outra pessoa. É conhecer a história do seu corpo e como ele funciona, e saber o que vai fazer bem, o que vai fazer mal, e tomar decisões. É encontrar um balanço entre as vontades da mente e as necessidades do corpo.

Amor próprio, como qualquer amor, presume acordar com raiva do mundo e descontar no objeto amado, e naquele dia seu corpo se vê sujeitado a ser mal usado - e como um parceiro que responde ao seu xingamento, te causar uma ressaca no outro dia. Inclui raiva, tristeza, lutos, e tudo bem: não é menos amor porque não é pura perfeição. Minha nova frase preferida sobre isso é "se fosse fácil não chamava relacionamento, chamava miojo".

Mais que tudo, amor próprio é o único amor que termina só com o "até que a morte os separe". E mesmo assim, precisamos amar nossa mente também, e muita gente vai considerar que esse amor então, vai ir além. Então é preciso aceitação e paciência, domar os sentimentos tumultuados e acertar as arestas, para que o relacionamento funcione. E quando funciona... uau. Abre percepções e nos faz mais felizes e espalha alegrias, e dá um sentido meio Amelie Poulan para a existência.

Então, não pense que te falta amor próprio. Falta entender que relacionamentos destrutivos não levam ninguém a lugar nenhum. Que é preciso as vezes colocar em cheque nossas certezas e ouvir ao invés de falar. Que não podemos ser maníacos sedentos por controlar tudo. Amor próprio não é algo pronto, como nada na vida. É um processo. Um que é unico, pessoal e intransferível, e não importa as dicas, só você é capaz de vivenciar do jeito certo.



     



 


 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Porque a beleza tem que ser divertida.

Sou uma pessoa pouco convencional na relação com maquiagens por exemplo. Não uso. Não faço sobrancelha, nem tiro a pouca cutícula que tenho. Mas eu gosto de esmaltes.

Quando era adolescente eu usei todas as (poucas) cores de esmaltes que fugiam do convencional. Não era essa felicidade de tons e cores e efeitos que existe hoje. Eu costumava passar três ou quatro esmaltes para conseguir o efeito de cor que hoje eu consigo com um. Usava caneta prateada da Sakura para desenhar nas unhas.

Depois, na época em que entrei na bobagem de que gastar tempo comigo era desperdício (e não falo só de cuidado estético, falo de tudo mesmo), e parei.

Foi meio por acaso que em um encontro da minha roda de mulheres não convencional o assunto foi esmaltes. E eu digo, que coisa boa ter mulheres para sentar no chão e falar bobagens com confiança.

Lembrei do prazer que eu tinha com isso quando era adolescente. Comprei uma maleta, algodão, esmaltes coloridos. E voltei a pintar as unhas como eu fazia. Não simplesmente pintar as unhas, mas fazer desenhos nelas. Brincar com as possibilidades. Fazer efeitos.

Voltei a comprar esmaltes. Companheiro vasculhou a casa em busca dos meus esmaltes perdidos, mãe me deu uns de presente. Organizei os vidrinhos.

Ai as pessoas deram de se chocar. Que eu, estivesse pintando as unhas. Decorando as unhas. Fazendo frescurinhas nas unhas.

Pois é.

Usar esmalte, ainda mais do jeito que eu uso, é um ato de hedonismo lúdico. Não é só o fato de cultivar uma vaidade: é fazer isso porque é divertido. Porque posso brincar com as cores. Posso criar uma beleza que está acessível a qualquer uma e a todas. Basta ter dedos (mesmo que só alguns, porque conheço casos assim) para poder partilhar dessa beleza. Minhas unhas são curtinhas nesse momento, não são aquelas unhas imensas que parece que nasceram para camadas e camadas de cor.

Gosto disso. As unhas pintadas são uma forma de expressar sua beleza, sua personalidade, que os padrões de beleza impostos pela mídia não podem negar. Que não importa cor, idade, opinião política, você pode bincar com aquilo. Pode dar colorido para o cotidiano. Ressignificar seu olhar.

Quando olho minhas unhas por acaso, no meio do dia, eu sorrio. Carrego nos tons escuros, no glitter e no 3D. Gosto do brilho. Meus alunos gostam, acham colorido, deslizam o dedo sobre as minhas unhas, pintadas em tons absurdos, sempre com detalhes curiosos, desenhos, degradê de cores.

Não é uma beleza que distancia. Pelo contrário, me vi conversando com uma travesti (que era doze vezes mais feminina do que jamais serei) sobre cores de esmaltes, na fila do supermercado. Começando conversas ou quebrando a tensão, quando no meio de uma reunião tensa alguém reparou nos pequenos arco-íris nos dedos e senti o clima ruim dissipando no ar.

Não tenho opinião sobre manicures, sobre aquelas flores de técnica padronizada e isso tudo. Posso falar do que vivo: mulheres sentadas no chão, rindo e conversando enquanto cuidam umas das outras, usando esmaltes como remédios. Eu, sentada no meio de uma crise momentânea em que não consigo escrever, decidindo testar uma técnica diferente paa passar o tempo e me distrair para retomar o ritmo.

 
Dar colorido ao dia-a-dia. De todas as formas, incluindo minhas unhas.