Há cinco anos atrás, nasceu meu filho. Esse costuma ser o momento em que as pessoas dizem "como passou rápido" "parece que foi ontem" ou coisas do tipo.
Eu não. Parece que foi uma vida inteira atrás. Porque naquele dia, eu fiz as pazes com o tempo. Aprendi, com o passar dos meses e com o convívio com aquele bebê zen, que eu não precisava correr atrás do tempo, e que se eu fizesse isso, o tempo pararia de correr ao meu redor. O tempo passou a ser um aliado.
Posso dizer que o Beija Flor me ensinou que não importa o que a gente faz, quando a gente se coloca ali por inteiro e doma o monstrinho da ansiedade, aquilo tem a duração que precisa.
A vida é uma imensa aventura. Buda tinha 36 anos quando saiu do palácio. Tudo tem seu tempo e não podemos correr contra ele. Se o tempo é um rio, melhor do que navegar é boiar nele.
Cinco anos. 365 X 5 dias de aventura. De loucura. Desse incrível garotinho que fez com que nós, seus pais, nunca mais seguissem sozinhos, e ao mesmo tempo, nos deu asas para vôos solo que não imaginavamos.
As vezes, só o que se precisa para fazer o tempo passar mais devagar, é viver cada dia. O amanhã a gene inventa. O que importa é só por hoje.
Talvez um dia ele se esqueça disso. Espero poder ser tão eficaz em lembra-lo quanto ele é em me lembrar.
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